9 de jan. de 2012

Análise - El Shaddai: Ascension of The Metatron

Plataforma: Xbox 360/PS3
Gênero:Aventura/ação
Nº de jogadores:1
Ano:2011

El Shaddai: Ascension of The Metatron é, visualmente, um dos games mais inusitados na nova geração de consoles. O game combina, em boas doses, sequências de plataformas e combates hack-n'-slash.
Na história do jogo (que é inspirada em textos antigos da mitologia juidaico-cristã), você controla Enoch, cuja missão é perseguir e exterminar os 7 anjos caídos, e com isso impedir que Deus cause um dilúvio na Terra. Para isso você conta com a ajuda dos arcanjos Gabriel, Rafael, Uriel e Michael e até mesmo o próprio Lúcifer (cujo nome foi alterado para Lucifel no jogo). Este último, em particular, está representado de uma forma bem distinta, como um jovem charmoso e bem vestido que se comunica com Deus através do celular, ele também é o seu save point durante as fases. A história fica um pouco mais esclarecida ao coletar certos textos, que estão com mensageiros espalhados pelos capítulos, mas mesmo assim, a narrativa não deixa de ser confusa e de exigir muita atenção à detalhes aparentemente secundários. Portanto, nesse aspecto, o game pode aborrecer à boa parte dos jogadores.


Agora, à jogabilidade. Apesar do game ter vários trechos de plataforma, é no combate que fica a maior parte da diversão. À primeira vista, com a premissa de apenas três armas diferentes e um único botão para se executar combos, o game dá a impressão de ser medíocre e repetitivo, mas felizmente não é o que acontece aqui. Cada uma das três armas possuem características e estilos de combate bem distintos: A Arch, que é a primeira arma que aparece, parece um arco e flecha, mas na verdade é usada como uma espada, e é a mais equilibrada das três; A Gale lança vários projéteis luminosos, e ao mesmo tempo que é a arma mais rápida, é a que causa menos dano a curto prazo; e por fim a Veil, que é bem lenta, mas em compensação, te dá a habilidade de desviar e defender ao mesmo tempo, pode quebrar barreiras e penetrar na guarda do inimigos com facilidade. Para se obter as armas, inicialmente você começa sem nenhuma, e ao aparecer o primeiro inimigo, você deve roubar a arma e purificá-la, algo que você terá que fazer inúmeras vezes durante o jogo, pois cada arma se dá melhor com um certo tipo de inimigo. Os combos são com apenas um botão, e para variá-los, você deve variar o timing com que os botões são pressionados. É um sistema bem funcional, e a única coisa que realmente incomoda é que a purificação das armas demora demais, até se você procurar tomar distância dos inimigos antes de começar.

Quanto às sequências de plataformas, elas não trazem muito que já não tenhamos visto antes, na verdade elas podem ser bem frustantes até, pois a câmera de El Shaddai, além de ficar muito longe do personagem, não pode ser ajustada ao gosto do jogador,ao contrário do que ocorre em quase todos os jogos de aventura atuais (na verdade, a câmera estática também pode irritar durante os combates, mas não com tanta incidência). Felizmente, alguns desses trechos são em câmera 2D, estes é possível jogar sem aborrecimentos.




E enfim, a melhor parte do jogo: gráficos e designs. El Shaddai conta com um visual único, beirando, a maior parte do tempo, um surrealismo de encher os olhos. A maioria dos cenários são bem coloridos, e às vezes contando com detalhes tão incomuns que podem até confundir o jogador, que pode ficar sem saber onde é o chão e onde é o vão (rima tosca não intencional *caham*). É o tipo de jogo que faz você querer avançar cada vez mais, ansioso para ver que tipo de maluquice os criadores prepararam para a fase a seguir. A trilha sonora e os designs dos personagens também combinam muito com o clima estranho e viajante do jogo, embora eu pessoalmente não tenha gostado muito da armadura do Enoch.

Depois que você completar o game, você abre o New Game +, onde você pode refazer os capítulos e receber um sistema de notas, as dificuldades Hard e Extra, e algumas armaduras.
Com seus designs únicos e combates aparentemente simples, porém complexos e desafiadores, El Shaddai é a pedida perfeita para quem procura por uma experiência memorável e diferente neste, infelizmente, cada vez mais saturado mundo dos games. Nota 8.0, com certeza.




Um comentário:

  1. Cris, gostei da resenha. O jogo parece algo novo com relação ao que existe atualmente. Uma pena eu não ter um PS3 ou um XBox360 para poder conhecer este jogo. Parabéns, continue assim!

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